terça-feira, 26 de novembro de 2013

MEMÓRIAS PÓSTUMAS DOS ERROS DO PASSADO

Do passado, quero que fique apenas o que posso carregar, os erros do passado não posso mudar. Deixo apenas morrer lá onde está. Mudo o presente, para encontrar no futuro, aquilo que aprendi que não mais posso cometer e nem devo me preocupar, pois se morre e não, não poderá me assombrar! Apenas as memórias ainda vivas, e que nos cercam com a culpa e com a vergonha! se não me fez bem, deixo morrer e morto permanecerá! Contudo, se traz lembranças sadias e nostálgicas, ficam nas nuvens de lembranças doces em meu pensar .
( Davi Barbosa)

RELATOS DE GOTAS CRISTALINAS DE ÁGUA DOCE.


Quando surjo por entre montanhas ou brotando da terra,
poucos acreditam que um pequeno riacho poderia se transformar tão rapidamente...
No decorrer do caminho, por entre pedras e corredeiras...
um turbilhão de vivências presencio,
O cingir pelas veias da mãe terra, que rasgo transformando sua paisagem,
mais parecem espremer-me e impedir todo meu poder, tudo que sou capaz e todo potencial
Mas, no decorrer do caminho, descubro o que antes acreditava ser meramente opressor, era para evitar que desaparecesse evaporando em uma poça sem tamanho!.
Serpenteio por longas paisagens e mansidão encontro,
Em lagoas calmas desemboco e retomo minha caminha,
Outras corredeiras, cachorreiras,  correntezas ainda mais assombrosas,
até novos riachos, lagoas calmas e caminhos mansos...
Então ao fim, quando penso ter encontrado o fim de uma trajetória,
pois logo mais encontrarei o mar e terei fim a minha sorte,
Eu, que mesmo por entre caminhos turbulentos, mantive-me doce e cristalino,
por mais que despejassem por várias vezes, dejetos e restos, impurezas produzidas pelo mundo insano e cruel, ainda mantinha a vida como único sentido de uma existência,
a vida que pulsava em mim, de pequenos a enormes organismos vivos... a vida que ofereci a todos que por mim buscavam...
Vida que talvez fora perdida por se dedicar tanto e agora... Desaparecer por completo sem nenhum valor, sem testemunhas, tudo por mero capricho da mãe natureza.
É então no momento em que deságuo por completo, onde já não se sabe mais quem eu sou e quem é o mar, uma nova concepção surge.
Já não sou mais rio que doravante, pulsava pela espremida terra! agora sou parte do mar, e busco oceanos!

As veias estreitas e que prendiam e limitavam-me, já não podem mais! Fui nascente e rio, agora sou mar e Serei Oceano!
(David Barbosa)