sexta-feira, 19 de abril de 2024

Delírio do impostor

 O impostor é vil e impetuoso.

Sabota a si e machuca a todos,

Age com banalidade ante a loucura

Transforma o mundo num inferno suntuoso



À custa de toda dor provocada,

Nega a si mesmo em nome do sofrimento 

No furor da própria loucura,

Almeja o clamor das almas derrotadas.



O sádico antropofágico,

Alimentado pela própria destruição.

O insano delírio de uma guerra nada santa

Buscando a desilusão do trágico.



A morte não é alívio quando em si, jaz.

Não pode libertar o que aprisionado está,

Nao há salvação alguma ante seus devaneios,

Sua loucura é deveras perspicaz.



O louco caminha sempre adiante

Com a alma despedaçada e em declínio.

Acompanhado apenas pelo impostor,

Que se deleitará da insanidade do pobre errante.


Lord Zoel.

segunda-feira, 15 de abril de 2024

Prosa inacabada do Palhaço triste

 

Eu sou um personagem caricato de um Pierrot derrotado!

Minha Colombina, é a esperança,

A expectativa de realizar grandes sonhos, conquistar grandes feitos, almejar o sabor da glória!

Meu arlequim, a frustação,

o sabor amargo da realidade e inevitabilidade do fracasso.

Nada, além da realidade, é tão certeiro quanto a morte!

A realidade não do poeta enebriado pelo amor,

Mas sim, a realidade do filósofo, da razão,

da imanente condição humana do sofrimento.

Pois é, senão outra forma de morrer, a esperança,

Sendo a última que morre, porém, a mais trágica de todas!

A razão é a aceitação, sem resistência, do destino de todos

O sofrimento, o fracasso a desilusão!

Fora isso, nada além importa!

A esperança é uma droga que distorce a realidade... sádica!

A realidade é sincera, te acolhe

pois sabe do destino natural e inevitável... dor, sofrimento, fracasso... amiga!

Colombina, desista!

Nada, além de dor e frustação, poderá encontrar em mim...

O destino do homem é rumo à morte... o caminho do louco.

A angústia e a desilusão são os pés que movem a humanidade.

 

Lord Zoel