lá, onde apenas sombras e penumbras existem...
lá, onde as trevas se fazem permanente e demônios residem
Deixei recostado, tal qual um caixão...
velório de uma nota só, sem estar "Lá" ou ter "dó"
Repousei-o apenas para que o descanso o leve de volta ao pó
Lá, onde o Sol não brilha, onde o eterno é efêmero e a vida um devir!
Lá, onde o tom é maior e a paixão mera lembrança do "Sí"
onde o desejo mórbido e obscuro revela-se em melodias confusas...
"Mi deixe aqui prostrado" ele disse...
"Deixei-me!" (ele), da raiva e desilusão com o poeta,
Recoste-me "Sol" em um túmulo de notas e lamentos!
Em notas vazias, com dissonantes em marcha "Ré" ele dizia...
em semi tons repletos de loucuras e insensatez,
prestes a se realizar de vez!
(David Barbosa)