sábado, 3 de março de 2012

DIVAGAÇÕES CONTRADITÓRIAS parte 1

Sim! fato consagrado que estamos a viver o fim dos tempos! Não quero tomar uma postura apocalíptica ou até mesmo sensacionalista mas de fato o ser humano cada vez mais alimenta seus medos, suas angústias e todo seu ímpeto em fazer do caos a ordem e da ordem o caos. Vivemos uma verdadeira aglutinação de dor e sofrimento, alimentados pela nossa própria necessidade de “nos consumirmos” o tempo todo e de ter a necessidade de morrer, uma vez que somos eternos, porém, um fetiche doentio por “se matar” é nítido e perplexo.
Não raras vezes em que nos encontramos alimentando aquilo que desprezamos ou ainda aquilo que, hipoteticamente, gritamos aos sete ventos que desprezamos ou então que, falsamente “bravejamos” ou nos indignamos ao vê-las diante de nosso próprio olhar.
Casualmente ouço menções como “que horror o que fazem com os pobres gados nos frigoríficos!”, “como alguém pode ser capaz de fazer isto?”, “não acredito no que estou  vendo!”.
Sinto com muita tristeza como facilmente temos o hábito de comovermos diante aquilo que ocorre à nossa volta mas ainda assim insistimos em alimentá-las,  dores, sofrimentos, angústias, tragédias, o tempo todo permeiam nosso universo e é até mesmo difundido como algo sadio, senão vejamos, quem nunca ouviu a frase “a dor ensina!”. FALÁCIA!
Divago sobre a possibilidade de mudarmos de olhar, porém admitindo nosso lado primitivo e dantesco, sendo assim proponho, procuremos matar sim mas aquilo que nos limita, tenhamos preconceitos mas contra preconceitos, vamos oprimir mas que seja a própria opressão, contudo contradigo, será que desta forma aquilo que mais desprezamos não acaba sendo aquilo que praticamos?
Ainda que oprimissem a opressão, ou matamos nossos medos ou ainda lutemos contra as desigualdades, delas não nos distanciamos, pois o que fazem justamente é ser aquilo que nasceram para ser, pura e simplesmente formas de agir, doravante, se combatemos então aceitamos e permitimos que estas expressões se manifestem.
Não  digo sermos omissos, mas se quero “LUTAR” contra alguma coisa então no fim acabo alimentando aquilo que desprezo, pura e simplesmente.
Pois bem, então ainda que admita que sou fera, como diria uma grande amiga, pois então que nos domestiquemos.
UM BRINDE AO FIM DOS MEDOS, A MORTE DA FOME, A QUEDA DA OPRESSÃO  E AO DESPRESO COM OS PRECONCEITOS! 

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